Como é feito o Eletroencefalograma em crianças e bebês?

O Eletroencefalograma (EEG) pode ser feito em bebês e crianças. Entretanto, no público infantil, há algumas diferenças nos procedimentos necessários para a realização do exame, uma vez que os pequenos podem ter mais dificuldade em seguir as instruções necessárias, como também podem sentir medo do ambiente de uma clínica e dos aparelhos usados para realizar o eletroencefalograma.

Segundo a neuropediatra, Dra. Andrea Weinmann, especialista em Neurofisiologia Clínica e Eletroencefalografia, o EEG é um exame que mede a atividade elétrica cerebral e pode ser solicitado para avaliar condições que afetam o Sistema Nervoso Central (SNC), como crises epiléticas, distúrbios do sono, paralisia cerebral, síndromes genéticas e outros transtornos do neurodesenvolvimento.

Como preparar a criança ou bebê para o exame?
“Para um melhor resultado, o eletroencefalograma precisa ser feito em três fases: com o paciente acordado, sonolento e dormindo. E isso pode ser um verdadeiro desafio para crianças e bebês”, diz Dra. Andrea.

Veja algumas dicas da especialista que podem ajudar os pais a se preparem e a prepararem a criança/bebê para o eletroencefalograma:

  • A criança/bebê deve vir com os cabelos limpos e secos, sem uso de cremes, gel, condicionador ou qualquer outro produto oleoso
  • Para as meninas que usam brincos, é preciso retirá-los
  • Para as crianças que mamam, seja no peito ou em mamadeiras, recomenda-se que sejam alimentadas na sala de exame para ajudar na indução do sono. As que não mamam, devem vir bem alimentadas
  • Os pais não devem oferecer alimentos ou bebidas que contenham cafeína um dia antes do exame, como café com leite, achocolatados, chocolates, chá mate, chá preto, etc.
  • É imprescindível manter a criança acordada durante o trajeto para o exame e na sala de espera
  • Uma dica importante é que se a criança/bebê ainda tira sonecas durante o dia, os pais devem procurar marcar o exame próximo ao horário de costume deste cochilo
  • Será preciso ainda que os pais alterem um pouco a rotina do sono. Na noite anterior ao exame, é preciso que a criança durma o mais tarde possível e seja acordada cedo para que fique mais sonolenta no momento do exame
  • Para ajudar na parte emocional e reduzir o medo, os pais devem trazer os objetos de apego, como fraldinhas, ursinhos, chupetas, paninhos. Tudo que ajudar a criança a se sentir mais confortável e segura pode ser levado para o exame
  • Os pais podem e devem acompanhar o exame, seja segurando a criança no colo ou próximos da maca
  • Quando a criança não dorme, o médico poderá administrar medicamentos antialérgicos que induzem um estado de sonolência

“Existem alguns comandos que podem não funcionar em crianças menores, como a necessidade das respirações rápidas e profundas (hiperpneia). Também usamos a fotoestimulação intermitente, aplicada com o uso de flashes de luz, o que pode assustar um pouco a criança. Por isso, o mais importante é que os pais sigam todas as instruções do preparo, mas, acima de tudo, que passem segurança para a criança ou bebê”, comenta Dra. Andrea.

“O Eletroencefalograma é um exame não invasivo e indolor. A criança ou o bebê não irão sentir nada. Também não há emissão de radiação, por isso não oferece riscos. Por outro lado, quando a criança tem suspeita ou até confirmação de epilepsia, é possível que ocorra uma crise durante o exame, mas o médico estará presente para qualquer intervenção necessária”, ressalta a neuropediatra.

 

 

 


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